sexta-feira, 25 de maio de 2012

DIA DO TELEGRAFISTA

O telegrafista trabalha nas estações telegráficas, transmitindo e recebendo mensagens, por meio de um código próprio, o código Morse, assim chamado em homenagem ao inventor do aparelho e do seu código de comunicação. O telégrafo foi o primeiro aparelho utilizado para comunicação a distância. Foi inventado em 1832 pelo norte-americano Samuel Morse (1791-1872) e patenteado em 1840. Em 1866, o primeiro cabo telegráfico submarino passou a ligar permanentemente a Europa à América. Daí em diante, as tecnologias de comunicação a distância evoluíram com rapidez. Guilherme Marconi criou o telégrafo sem fio em 1896, emitindo e captando sinais a centenas de metros de distância. Esse foi o passo decisivo para a expansão das telecomunicações. Antes de inventar o telégrafo, Samuel Morse foi pintor de grande talento. Estudou artes na Inglaterra, fez exposições na Academia Real de Londres, pintou retratos de muitos cidadãos importantes de sua época e foi professor catedrático de pintura e escultura na Universidade de Nova York. Quando esteve em Paris, Morse começou a estudar eletricidade e se tornou físico, desenvolvendo seus próprios experimentos num pequeno laboratório improvisado. Seu objetivo era criar um sistema elétrico capaz de enviar mensagens a longas distâncias. Assim, acabou inventando o telégrafo, um aparelho capaz de transmitir sinais através de um circuito eletromagnético. Depois, Morse inventou um código: um sistema de pontos e espaços que, combinados, podem representar letras e números. Quando atingiu seu máximo aperfeiçoamento, o código Morse pôde ser transmitido a uma velocidade de dez palavras por minuto. Embora o telégrafo não seja utilizado tão largamente nos dias de hoje, o código Morse continua a ser empregado nos aviões e nos navios, sobretudo quando há necessidade de comunicação em situações de emergência.

Guilherme (Schüch) de Capanema – Barão de Capanema nasceu em Mariana, Minas Gerais. Doutor em Matemática e Física pela Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1873 desenvolveu um avançado e econômico isolador elétrico para uso em linhas telegráficas. Foi responsável pela fundação, em 11 de maio de 1852, do Telégrafo Nacional, sendo seu primeiro diretor. Em 1889 com a Proclamação da República se aposentou da direção do Telégrafo Nacional.

Euzébio de Queirós Coutinho Mattoso Câmara (1812-1868) nasceu em São Paulo de Luanda, Angola. Formou-se na Faculdade de Direito de Olinda. Foi Deputado no Rio de Janeiro, Senador e Ministro da Justiça. As primeiras tentativas datam de 1851. Elas tiveram o incentivo de Eusébio de Queiroz (Ministro da Justiça, naquela época), além do apoio de um personagem central no desenvolvimento da telegrafia elétrica em nosso país, o Dr. Guilherme S. de Capanema.


Polidoro da Fonseca (Comandante do Corpo de Permanentes da Polícia, naquela época) obteve, por empréstimo, dois aparelhos do tipo “Breguet”, que eram utilizados para estudos de Eletricidade Aplicada pelo professor Dr. Guilherme S. de Capanema no Gabinete de Física da Escola Central, no Rio de Janeiro. Um dos aparelhos ficou sobre uma mesa em frente ao Cel. Polidoro. O outro foi levado pelo Dr. Capanema a uma sala vizinha. Os aparelhos foram interligados por fios de cobre envoltos em seda e embebidos em resina. Segundo o relato de algumas pessoas presentes a esse histórico experimento, a mensagem transmitida teria sido: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, trecho do poema do exílio de Gonçalves Dias.

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